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Criança de MT emociona voluntários com carta e doação para vítimas de tragédia no RS: 'Oro por vocês'

O g1 conversou com a mãe da pequena Maria Eduarda, que disse que mesmo com a pouca idade, a filha costuma ser muito engajada em causas sociais.

Criança de MT emociona voluntários com carta e doação para vítimas de tragédia no RS: 'Oro por vocês'
G1 MT
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"Espero do fundo da minha alma que vocês fiquem bem". Esse trecho faz parte da carta escrita por Maria Eduarda, de 10 anos, que doou roupas e brinquedos, nesta quarta-feira (8), para crianças vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. As doações foram deixados no Clube da Soja, em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, que atua como ponto de coleta na região. (leia carta completa mais abaixo)

Em entrevista ao g1a mãe da Maria Eduarda, Lívia Dutra, contou que a família está acompanhando as notícias sobre as enchentes e que a ideia de doar os brinquedos partiu da própria filha. Segundo ela, mesmo com a pouca idade, a menina costuma ser muito engajada em causas sociais.

"Foi ela quem encabeçou tudo. Ela é muito proativa e gosta de ajudar os outros. A escola dela ajuda algumas ONGs com ração, então ela sempre leva quando pedem. Além de levar garrafas pets e peças recicláveis também", disse.

g1 também conversou com o estudante Jhonatan Siqueira, de 17 anos, o voluntário que encontrou a cartinha em meio às doações. Ele disse que se sentiu comovido com o gesto e ficou muito feliz com o que leu. De acordo com ele, a leitura da carta, em voz alta, emocionou todos os voluntários que estavam no local.

Leia a carta na íntegra:

"Olá, meu nome é Maria Eduarda, tenho 10 anos e moro no Mato Grosso. Quando ouvi a história a história do alagamento eu me comovi muito e decidi ajudar e mandar um saco cheio de roupas, brinquedos etc. Espero do fundo da minha alma que vocês fiquem bem.

Toda noite eu oro por vocês, que Deus abençoe vocês. Amém!

OBS: espero que as crianças gostem dos brinquedos porque eu os amo muito, principalmente os ursinhos iguais."

Temporais no RS

 

Imagem de drone do dia 3 de maio de 2024 mostra pilha de carros soterrados por enchente na cidade de Encanto após fortes chuvas que caíram sobre o Rio Grande do Sul — Foto: Diego Vara/Reuters

Imagem de drone do dia 3 de maio de 2024 mostra pilha de carros soterrados por enchente na cidade de Encanto após fortes chuvas que caíram sobre o Rio Grande do Sul — Foto: Diego Vara/Reuters

A chuva que persiste há pelo menos uma semana colocou o estado inteiro em situação de calamidade e deve continuar pelos próximos dias, causando mais estragos. O número de mortos já chega a 83 e dezenas de pessoas estão desaparecidas em meio às cheias, segundo a Defesa Civil.

O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.

Imagem de drone mostra voluntários procurando por moradores isolados em Canoas, no Rio Grande do Sul, em 5 de maio de 2024 — Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

Imagem de drone mostra voluntários procurando por moradores isolados em Canoas, no Rio Grande do Sul, em 5 de maio de 2024 — Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

Os meteorologistas explicam que a catástrofe é resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região e foram agravados pelas mudanças no clima. E a tendência é de piora por conta da previsão de mais chuva.

A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.

FONTE/CRÉDITOS: G1 MT
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