O estado de Mato Grosso registrou a maior taxa de feminicídios do país, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em números absolutos, foram 46 feminicídios em 2023. Destes, apenas 5 mulheres tinham medida protetiva contra o agressor, segundo levantamento da Policia Civil. O número representa que apenas 11,9% dos homens eram observados pela segurança pública.
Empatados em segundo lugar, os estados mais violentos para mulheres foram Acre, Rondônia e Tocantins, com taxa de 2,4 mortes por 100 mil. Na terceira posição aparece o Distrito Federal, cuja taxa foi de 2,3 por 100 mil mulheres no ano passado.
Casos por região
Entre as cinco regiões do país, o Centro-Oeste registrou dois casos de feminicídio a casa 100 mil mulheres. Veja abaixo como ficou cada local:
- Norte - 1,6;
- Sul - 1,5;
- Nordeste - 1,4;
- Sudeste - 1,2
Como classificar feminicídio?
A Lei do Feminicídio, o criada em 2015, define como feminicídio o assassinato de uma mulher cometido por "razões da condição de sexo feminino". A pena prevista nesses casos é de 12 a 30 anos de reclusão.
Para o assassinato de uma mulher ser considerado feminicídio, é identificado em contexto marcado pela desigualdade de gênero. Em muitos casos, as vítimas estavam passando pelo ciclo da violência doméstica, como violência física, psicológica e financeira.
Casos recentes
Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi encontrada morta dentro do próprio carro em Cuiabá — Foto: Reprodução
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