Policiais civis encontraram uma 'fábrica' de cachaça artesanal dentro de uma cela no maior presídio de Mato Grosso, a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A descoberta ocorreu durante a Operação Alcatraz, deflagrada nessa terça-feira (23). No local, foram encontradas diversas garrafas organizadas para a fabricação do produto. (assista acima)
De acordo com o delegado Marlon Nogueira, da 1ª delegacia de Cáceres, que comandou a ação com apoio da Polícia Penal e Grupo de Intervenção Rápida, os presos fabricavam um tipo de cachaça, conhecida como "choca".
"Eles pegavam os restos de comida e de pão para fazer a fermentação, que era misturada com água. A bebida de teor alcoólico era distribuída entre os presos do raio 2", explicou.
Além da 'fábrica', os policiais apreenderam 13 celulares e 44 porções de maconha.
No local, já haviam quatro litros da bebida prontos e outros dois sacos de lixo, onde era feita a fermentação da cachaça.
No espaço, estavam armazenadas muitas garrafas com água que, segundo investigação da polícia, seriam usadas para a fabricação de mais bebida. Cerca de 12 presos ocupavam o mesmo espaço em que a destilaria clandestina funcionava.
O delegado explicou ainda que os materiais foram retirados do local e encaminhados para destruição. Os presos que ocupam a cela, podem sofrer medidas administrativas penais.
Operação Alcatraz
Celulares, carregadores e porções de maconha apreendidos — Foto: Polícia Civil
A Operação Alcatraz foi deflagrada para cumprimento de seis mandados de busca e apreensão na Penitenciária Central do Estado, tendo como alvos lideranças de uma facção criminosa.
Os investigados, que atualmente cumprem pena na penitenciária, são apontados como lideranças e autores intelectuais de diversos crimes como homicídios, além de fomentarem uma disputa pelo domínio do tráfico de drogas na cidade de Cáceres.
Segundo a polícia, entre os crimes ordenados pelos investigados, estão a morte de pessoas e atentados à bomba em um comércio de Cáceres. O objetivo da operação era de localizar aparelhos celulares, drogas, eletrônicos e outros objetos que possam ter ligação com os crimes praticados.
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